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Na antiga prisão de Miranda do Douro as várias celas podem agora acolher micro-teatros, artes plásticas, pintura ou música

25 Fevereiro 2016

Miranda do Douro tem, desde a última sexta-feira, um novo espaço cultural, uma incubadora cultural e artística, que funciona nas antigas instalações da prisão do concelho, encerrada há vários anos. A infraestrutura foi cedida pelo ministério da Justiça no âmbito de um protocolo que visa a revitalização do espaço.

“A prisão reveste por si só, numa simbologia muito específica e estreitamente antagónico de privação/recuperação da liberdade”, lembra a Câmara Municipal, sublinhado que, dentro uma penitenciária, “o primado da inversão do estado de vivência concreta determina que a mesma seja, muito mais do que um espaço de privação e de castigo, um espaço de imaginação e de criatividade por excelência, com carga de futuro, o amanhã”.

“Mesmo depois de desativada e de cessar a sua função original, uma prisão não deixa de manter uma carga simbólica que ultrapassa possíveis funcionalidades do espaço físico da mesma”.

Por esse motivo, a autarquia considera que a imaginação e criatividade podem ser elos de ligação entre a “servidão” do passado e a utilização do presente, “constituído um espaço privilegiado de desafio para intervenções e afirmações artísticas, culturais e cívicas das diversas entidades culturais”.

A Câmara Municipal entende que o projeto é determinante para a criação de novos públicos, por um lado, e para a divulgação de expressões e de intervenções “que de outro modo não teriam visibilidade ou seque com a possibilidade de apresentação”.

No primeiro fim de semana de utilização, o equipamento cultural foi dinamizado pela Associação Lérias com teatros, micro-teatros, pequenas exposições, pequenas palestras, a leitura e literatura nas celas.

O novo espaço está dotado de várias celas e em cada uma podem funcionar micro teatros, espaços dedicados às artes plásticas, à escrita, pintura, música, entre outras atividades culturais.

O edifício, em pleno centro histórico, foi cedido ao município pelo ministério da Justiça no ano passado. A infraestrutura não necessitou de obras e o próprio espaço pode ser alterado e decorado por artistas.